João tudo

Eu sou tudo!

Eu sou João

O rei, o macho

O que manda e desmanda!

Ele é tudo (porque diz)

Não é nada, porque expressa

Despercebidamente

E é uma pena viver uma farsa

Assim como um farsante acha uma pena viver de verdade.

E os papéis não estão errados

São apenas papéis

Porém, o segundo não pode ser "apenas".

João, João

Acorde! Tu não és nada

Por quê as amarras?

O desprezo pela forma do outro?

Coragem! Seja o que você é.

Reinvente-se.

Seja alguém justo consigo mesmo

Como Sócrates

Como Édipo

Como Kubaba

Em tempos difíceis sempre se é difícil...

com uma humanidade em involução.

João, Joões

Sei que não és tudo que dizes

Tira a capa!

Solte teu veneno cotidiano

E assuma seu posto de liberdade.

E antes de assumir, traga a arma: sabedoria, aquela potente...

Caso contrário, não saberá exercê-lo

Correndo o risco de ser só mais um, um idiota no mundo. Deles e de farsas

Já estamos fartos.

Gracy Morais
Enviado por Gracy Morais em 27/12/2017
Reeditado em 04/03/2018
Código do texto: T6210104
Classificação de conteúdo: seguro