SACOMANOS

Infinita és a marcha

Do povo nômade das ruas

Ao centro cinzento

De toda penúria.

Invisível gentalha

Sempre ouvinte do 'Não'

Um gole amargo e seco

Semblante da indigestão.

Do rosto negro

Mortos de fome

Sem emprego e abrigo

Sem voz e sem nome.

Desgraçados na praça

Sem fitar os olhares

Por curvas sinuosas

Que os leva à lugares.

Relés imundícia

Onde o tempo os consuma

Tens liberdade no sonho

Onde já não há nenhuma.

Na mira de dedos sujos

És um bicho selvagem

Brutalizado pela viveza

Exalando hostilidades.

Cortejando o perigo

À procura da cura:

Contemplamos o louco

Não compreendemos sua loucura.

HenriqueBazzí
Enviado por HenriqueBazzí em 20/12/2017
Código do texto: T6203439
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