BEM TE VENDO
vou bronzear-me de estrelas
pra nas noites maltrapilhas
vasculhar céu vagabundo
de ré me apresso
pelas nebulosas da caatinga
embico nas estranhas da mata
me bem-te-vejo nas águas rasas
em que tiros de espingardas
ensanguentam sertões
dos portais das mágoas
corro léguas
sou re_manso sem farda
sem fuzil sem cangaço
a penas lúcido
do desmatamento da sobriedade
a turba que nos legisla
é um tufo de algodão ensanguentado