A Fome
A fome do homem urge
No terror da sua cara
Enquanto o estômago ruge
A boca seca escancara.
Olhares esfaimados
Em súplicas rastejantes
Pobres seres arrasados
Expressões horripilantes.
A derrocada final
Da humana dignidade
A desnutrição fatal
É o requinte da maldade
Que aos pobres condenam
Os ricos de maior sorte.
Pois enquanto a Deus acenam
São cínicos sócios da morte.
Milhões de almas perdidas
Na pandemia ardilosa
Em estratégias urdidas
Pela riqueza acintosa.
Holocausto horroroso
Apocalíptico abutre
Seu repasto é indecoroso
Da vergonha ele se nutre.
A fome do homem urge
No terror da sua cara
Enquanto o estômago ruge
A boca seca escancara.
Olhares esfaimados
Em súplicas rastejantes
Pobres seres arrasados
Expressões horripilantes.
A derrocada final
Da humana dignidade
A desnutrição fatal
É o requinte da maldade
Que aos pobres condenam
Os ricos de maior sorte.
Pois enquanto a Deus acenam
São cínicos sócios da morte.
Milhões de almas perdidas
Na pandemia ardilosa
Em estratégias urdidas
Pela riqueza acintosa.
Holocausto horroroso
Apocalíptico abutre
Seu repasto é indecoroso
Da vergonha ele se nutre.