METRÔ/CORAÇÃO

A pressa da

Poesia à boca

Aflora, sem tempo

(Jaz) dá o fora...

O corpo veste-se

De ruas, pés e pés

Vamo simbora!

O trabalho...

Penso, versos, métrica

Meio que, canto...

Mas, métrica aqui, o metrô

Seu interior, canto a canto

Aos bancos, gente,

Ah, sentadas, desde

Sempre nos seus

A sós, tão sós,

Autômatas, ah, o sinal,

Levantam-se, falam-lhes:

Próxima estação

Sé, descida pela

Porta da direita

É o anticlimax

O antiverso, antirima,

A vida cai em cima

Anotações dum celular

Salvo, por muito pouco...

Ainda sim, réstias

De um canto.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 06/11/2017
Código do texto: T6164071
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