OBSTINAÇÃO

Meu canto de lamento

lamento.

Mais um instante que esvai no tempo.

Uma multidão

Muitas multidões

É a humanidade em marcha

rumo ao nada.

As pragas da terra

As guerras

As pestes e fome

... As tempestades nos oceanos

e em todos os lugares

na alma, na mente

fazem de meu canto um lamento

fugaz e abstrato.

Humanos exploram e matam humanos.

Matam com palavras

com gestos, atitudes e armas.

Basta!

Esta tolerância há de acabar

algum dia na História.

Então a humanidade encontrará

o que eternamente procura ter: a paz

a solidariedade, a fraternidade

e o amor verdadeiro entre os seres,

sem interferência do maior mal

o capital

que tornou o homem

um animal.

(poema publicado no romance Adeus, Sul. 2014)

VLADIMIR CUNHA DOS SANTOS
Enviado por VLADIMIR CUNHA DOS SANTOS em 05/11/2017
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