OBSTINAÇÃO
Meu canto de lamento
lamento.
Mais um instante que esvai no tempo.
Uma multidão
Muitas multidões
É a humanidade em marcha
rumo ao nada.
As pragas da terra
As guerras
As pestes e fome
... As tempestades nos oceanos
e em todos os lugares
na alma, na mente
fazem de meu canto um lamento
fugaz e abstrato.
Humanos exploram e matam humanos.
Matam com palavras
com gestos, atitudes e armas.
Basta!
Esta tolerância há de acabar
algum dia na História.
Então a humanidade encontrará
o que eternamente procura ter: a paz
a solidariedade, a fraternidade
e o amor verdadeiro entre os seres,
sem interferência do maior mal
o capital
que tornou o homem
um animal.
(poema publicado no romance Adeus, Sul. 2014)