Pão e circo na desolação

Nasce o sol no horizonte;

Nos quatro cantos da cidade

Eis homens e mulheres

Prontos para mais um dia que aparece.

É nessa hora que surgem heróis

Que lutam batalhas

Em que não se sabe o final,

Ansiosos ficam pela volta ao seio familiar.

Ruas perigosas, pontos da cidade em guerra

E lá estão eles, dando suas vidas em batalha

Que não há condições de sobrevivência,

De vida e moral.

Pois, a luta está em também não ceder

A esta nuvem negra do jeitinho brasileiro.

Ouve-se o jornal e mais uma família em pranto,

Aquele pai que não voltou ao seu canto.

Há uma grande desolação,

D'onde vem a mão da consolação?

É inexistente, toda a cidade entra em comoção.

Os dias se passam, a cidade entra em alegria.

Todos se preparam para comemorações.

Onde está a comoção? Foi apenas mais um....

É só mais uma família em necessidade...

E assim segue aquele eterno ciclo,

Não há o que fazer!

A dor continua no peito de quem perdeu

Seu ente querido e na cidade só se quer pão e circo.

Jasmine Costa
Enviado por Jasmine Costa em 30/10/2017
Código do texto: T6157191
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