Pão e circo na desolação
Nasce o sol no horizonte;
Nos quatro cantos da cidade
Eis homens e mulheres
Prontos para mais um dia que aparece.
É nessa hora que surgem heróis
Que lutam batalhas
Em que não se sabe o final,
Ansiosos ficam pela volta ao seio familiar.
Ruas perigosas, pontos da cidade em guerra
E lá estão eles, dando suas vidas em batalha
Que não há condições de sobrevivência,
De vida e moral.
Pois, a luta está em também não ceder
A esta nuvem negra do jeitinho brasileiro.
Ouve-se o jornal e mais uma família em pranto,
Aquele pai que não voltou ao seu canto.
Há uma grande desolação,
D'onde vem a mão da consolação?
É inexistente, toda a cidade entra em comoção.
Os dias se passam, a cidade entra em alegria.
Todos se preparam para comemorações.
Onde está a comoção? Foi apenas mais um....
É só mais uma família em necessidade...
E assim segue aquele eterno ciclo,
Não há o que fazer!
A dor continua no peito de quem perdeu
Seu ente querido e na cidade só se quer pão e circo.