EU, ASSEGURADO.

Em meio ao fim de uma oligarquia

Tomados por opressão

Recebi uma semana de Artes

Arte de ser assegurado

Sonho de infraestrutura

Em meio a tantos projetos no seguro social

Estou encoberto.

Em meio, meios me dão.

Saúde para tratar doença

Velhice assegurada

-Talvez uma pensão

Agora me pagam ate que eu morra

-Dinheiro pro caixão.

Agora explorado, enganado;

Agora coberto e assegurado

Do empregador e do estado

-O que sou agora?

Sou filiado Obrigado.

Eu, empregado do mar.

Eu, ferroviário.

Eu fui um dos primeiros.

-Posso lhes mostrar!

Os CAPS, CLT, IAPS... E tantos mais.

Do Behringer, inspirações.

Aposentadorias, Institutos...

-Caixas de pensões!

Agradeço ao Estado:

-Que pelo meu bem, me da:

As amarras, eu agradeço.

Obrigada, Agradeço.

A cidadania me dada.

-Desde obedeça e mais nada.

E reclamam participação.

- Humanizar é preciso!

Humanismo Cristão.

Reconciliar massa e Instituição!

Recebemos outra amarra...

Social e de direito.

- Reivindicada pelo cidadão!

Com o nome social

Amarram-me a educação!

Fazem planos com teorias estranhas.

Não se encaixam aqui.

Nossa realidade é opressão, mentiras e miséria.

Estrangeiro conhecido, só o imigrante aqui.

A realidade que nos cabe é preto, pobre índio e favela.

[Ralúsia Nunes, 06/12/2012]

Ralú Nunes
Enviado por Ralú Nunes em 16/10/2017
Código do texto: T6144265
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