VIOLENTADA

Algemas sem aço

Mãos e mordaça

Fingindo abraço

Brutal ameaça

Descompassado

Como a saltar do peito

E o mundo revirado

Reação sem jeito

Um silêncio de morte

No grito desesperado

Entregue à propria sorte

Já, agora, resignado

Como se tivesse direito

Vai-se sem culpa...sem pecado

Destruída, sonho desfeito

Continua o grito calado.

Lucro ter sobrevivido

Nem tinha esperança

Deve ter sido

De Deus, a lembrança