INEXEQUÍVEL SENTENÇA: LULA É INSUPERÁVEL
Dos céus, pasmas de espantos,
Cujos prantos
Banhavam a terra,
As potestades celestes
Assistiam à batalha de Curitiba
Que reuniu mais de 50 mil pessoas
Que vinham prestar solidariedade
A seu líder maior, Lula,
Na refrega que encerrava
Tanta dúvida e contradição,
Senão dizer – infâmia!
Nesse instante,
Surge no horizonte,
Rogando que uma parte
Lhe fosse concedida
Naquela confabulação,
Nova personagem --
A suave brisa,
Que do céu desliza
Em pungente pranto,
A questionar:
Não sei que bárbaro crime
Ele cometeu,
Que lhe turve a imagem,
E impunha condenação?
Será por que para o povo
Levantou questão?
E seu governo foi voltado
Para os pobres,
Para os necessitados,
Trabalhando em prol
Programas sociais?
II
-- É, tudo montado,
O cenário armado
Para obtenção
Do troféu mais almejado:
Condenar Lula, inviabilizá-lo
Para a disputa eleitoral
Em 2018 --pontifica a Estrela D’alva,
Cuja raiva
Turva-lhe a face,
Distorcendo lhe
As feições entristecidas...!
Cinco horas de estafante,
Massacrante depoimento,
De provas, que colheu,
O magistrado?
--Dirás tu, infante loiro: Nada.
Ao juiz-celebridade,
Que lhe restou de libelo acusatório?
-- Ora, amigo Planeta Vênus,
Que inocência tua.
Provas? Não carece.
Não lhe parece
Que a sentença já está lavrada
De antemão?
Inda que sobrevenha
Robustas provas
Que depunha
A seu favor,
Lula será condenado.
Esse é o norte
Da turma lavajatense.
E como bem disseste:
O troféu mais almejado.
-- Camarada sol,
Toma tento,
Estimo, na minha crença
Nas pessoas que advém
De longa experiência de vida,
Que o juiz curitibano é um magistrado
Decente, justo e apegado
Aos ditames da lei,
Nunca afeito aos arbítrios
Que impunha
Ato persecutório,
Inda porque, “a função do juiz
É interpretar e aplicar a lei,
Não legislar”,
Agir como bem lhe convém,
Servir de investigador,
Promotor,
Juiz e carrasco de alguém.
Posto isso, sei,
Amparada por minha convicção,
Que ele não cometerá
Arbitrariedade contra Lula,
Conforme as provas matérias
Que por ventura obtiver, julgará.
Doutra forma, se declarará
Impedido de julgá-lo.
--Admiro deusa prateada,
Sua singeleza,
Sua nobreza
De as pessoas, não prejulgar,
E, bobinha, não saber ler
Nas entrelinhas
Dessa disputa que na minha
Ótica, é pessoal,
O que de fato
Ocorre, no âmbito do julgamento
Na Lava Jato,
A acontecer contra o melhor
Presidente que o País tivera,
Reputo a um jogo de cartas marcadas,
Que não condiz com o Estado
Democrático de Direto,
O qual o Brasil é signatário.
Quem duvida que o resultado
Já está pré-determinado?
Lula será condenado!
Exclama o sol em desalento.
--Vê, analisa, à luz da imparcialidade
Que deveria ser o norte
A guiar o julgamento
Do mais importante
Politico brasileiro,
Cujo depoimento,
Hoje, está sendo tratado
Com tanto estardalhaço,
Jogado pra torcida,
Como se fora uma acirrada
Luta de boxe, há muito anunciada.
10 de maio, 2017,
Tudo preparado:
Os artefatos,
O ringue armado,
As armas postas
A prumo,
Olhos e mentes
De todo
O mundo voltados
Para o embate
Tão esperado,
Singular combate
A ser travado
Na arena curitibana,
Palco da luta encarniçada
Já a efervescer.
Feitas as apostas,
Oponentes a postos,
Dos céus,
Pasma de espanto,
Banhada em pranto,
Pergunta a lua:
Desses dois gigantes
Que pelejam,
Que à árdua batalha
Se sujeitam,
Quem logrará vencer?
-- Não vês,
Deusa dos namorados,
Ou talvez
Seja inocência tua!...
Esses dois contendedores,
São opositores de monta,
Titãs afeitos aos duelos,
Que no fragor
Da batalha, não temem flagelos,
Nada os afronta. --
Pontificam as nuvens
Que dos céus despontam.
Senhoras e senhores,
Apresento-vos, os competidores
Que ora se enfrentam:
De um lado,
No seu corner à direita,
O preferido da Lava Jato,
Juiz -celebridade,
Herói da justiça e do decoro,
Orgulho Nacional,
Cotado até para concorrer
À Presidência da República,
Campeão das prisões
Provisórias a perder de vista,
Volta e meia, festejado pela mídia,
Aparecendo às vezes sorridente
E todo prosa
Em rádios, tevês e imprensa
Como se fora famoso artista
A colher aplausos dos fãs,
Noutras, dando palestras,
Participando de conferências
Em fóruns internacionais,
Vezes outras, gravando vídeos, áudios
Previamente bem trabalhados
Para o timing da ocasião.
Esse é O juiz curitibano, paladino
Da justiça e da moral,
Aquele que combate
Com mão férrea
A corrupção,
Pondo atrás das grades
O corrupto, o ladrão.
Mas se não for do PT,
“Não vem ao caso”.
Direis, vós , amiga lua,
Para serdes justa
Com a veracidade
Dos fatos, é risível
Que um juiz se preste
Ao desplante de se manifestar
Fora dos autos,
Grampear e vazar
Conversa da ex-presidente
Para emissora de TV
De sua preferência.
Numa quadra mais recente,
À qual se veste
De importância,
Outorgar a si,
Um séquito de seguidores,
“Aos quais, recomenda,
Em vídeo gravado,
Que se façam ausentes
À batalha a ser travada”,
Em ocasiões outras, à custa
De se transmudar em formador
De opinião,
Faz declarações
Que não vêm ao caso
A jornais, revistas, televisão,
Deixa-se fotografar
Abraçado e a risadas,
Em badalado evento,
Por politico investigado
Pelo Supremo Tribunal Federal,
O qual, poderá,
No futuro nem tão distante,
Ser por ele julgado.
III
Em meio a um sorriso pálido,
Após escutar, das nuvens,
As iradas ponderações,
Expressa-se,
A deusa dos namorados
Em nota dissonante:
-- Suplanta as raias do incrível
De Moro – o cartel,
Fornido plantel,
Elenco de ponta,
Onde consorciam-se mutualmente,
No elo de uma só corrente,
As forças, unidas contra Lula:
“A mídia hegemônica”,
O Ministério Público, a Lava Jato,
A casta judiciaria
E os lavajatenses procuradores,
Dentre os quais,
Aquele do Power Point,
Que depois de uma sessão
De pirotecnia,
“ Afirmou não possuir provas”,
Mas no novo direito achativo
Que compunha,
Não lhe falta convicção,
Bastando isso, para do acusado,
Mesmo sem provas estabelecidas,
A não ser o achismo,
Lavrar a condenação.
IV
Do outro lado,
No seu corner à esquerda,
O ex-presidente Lula,
Dentre todos que ocuparam
O Palácio do Planalto,
O mais aclamado,
O mais Adorado
Pelo povo que o tem,
Como a única esperança
De dias melhores para o País.
V
Lula, modesto filho
Da sagrada terra nordestina,
Brioso brasileiro,
Destemido Titã
Que não foge à luta
Porque -- bravo, jamais esmorece
Frente à labuta;
Destemido -- não estremece
Ante a tentativa desesperada
Da turma da Lava Jato,
Alguns delegados,
Juízes e procuradores
Capitaneados pelo juiz curitibano,
Municiado pelos vazamentos constantes,
Incensados pela divulgação massacrante
No Jornal Nacional
Da emissora que dá o tom
De extenuante narrativa
Televisiva,
Numa batalha desigual,
Consubstanciada pelo flagrante
Massacre midiático
Posto em prática há três anos,
No maquinar,
No arquitetar
De ardilosos planos,
Apavorados que estavam
Com a possibilidade de Lula
Voltar a ser Presidente,
Razão de os que não queriam
Sua volta, empreenderem
Uma caçada sem trégua,
Numa refrega
Em que as armas utilizadas
Eram as mais escusas possíveis,
Daí as mutretas,
As piruetas,
No incessante vasculhar,
No sôfrego esmiuçar
Da vida dele, qual seja:
Quebra de sigilo
Telefônico e bancário, invasão
De sua casa em plena madrugada
À procura de provas,
De documentos comprobatórios
De ilícitos que sustentassem
A acusação delituosa,
Não encontrando, sequer,
Uma única prova
Da culpabilidade
Que depunha
Contra a imagem de Lula
Perante a lei e, que macule
Sua conduta até então proba,
Frente ao povo,
Que não é besta,
Sabe que nessa retreta,
Sob a batuta da tropa curitibana
Está desnudada a treita –
É que, o “jornalismo de guerra”,
As instituições acima citadas,
Trabalhavam, num ardiloso plano,
A fim de alijar
Da disputa eleitoral em 2018,
Lula, o melhor para o Brasil!...
E o povo desta “terra varonil”
Que não é bobo, nem nada,
Tem ciência que ele era a única
Esperança de o País
Voltar aos trilhos de novo.
VI
A “Jararaca” é escudo
Dessa brava gente,
E o povo seu escudo.
Lula, pobre, nordestino,
Ex-torneiro mecânico,
Sem anelão de doutor no dedo,
Fugindo da seca a reboque
De pau de arara,
Levando consigo
Apenas na bagagem
Destemor e determinação
Estampados na cara
No afã de lutar, sobreviver,
Fugir da terrível estiagem,
Pois só quem é nordestino
Avalia a dor desse povo sofrido,
Compelido pela malévola
Mão do destino
A abandonar tudo, a ir embora
A ver graças à seca
“Que a tudo devora”,
Sua família de fome morrer.
Esse é Lula, “o cara,”
Que verga, mas não dobra,
Que contrariando a todos
Os prognósticos sombrios previstos,
Chegou onde ninguém chegara:
Melhor Presidente brasileiro
De todos os tempos,
E, embora perseguido,
Dioturnamente bombardeado
Pela mídia cartelizada,
Manteve-se em primeiro lugar
Nas pesquisas eleitorais,
Para inapelavelmente,
O pleito de 2018, ganhar.
Venceria, porque é um audaz guerreiro,
Com quem o povo pode contar;
Trufaria , porque desconhece o medo,
Quando mister se faz,
Pela sua gente, batalhar,
Não fugindo jamais,
À peleja requerida,
Não padecendo de fraqueza
Quando a paz enseja
Que por ela se lute!...
E quando a adversidade
Punha-se em seu caminho,
Não se apequena,
Escondendo-se num cantinho,
Pois não teme o revés advindo,
Nem se lamúria de ter sobre o lombo,
Coisa que o covarde,
O frouxo, não suportaria o tombo,
O “jornalismo de guerra”
A persegui-lo,
Impelindo-lhe a esgrimir a espada
Com bravura,
Imbuído no seu nobre ideal --
Lutar pelo povo desta amada Terra,
Que sempre lhe foi fiel,
Grato e incapaz de trai-lo,
Sendo seu maior capital,
Lavrando nas urnas,
Para seus adversários políticos,
Inexequível sentença:
Lula é insuperável,
Impondo aos maus perdedores
Que não se conformam
Com os revezes sofridos,
Fragorosas derrotas,
Consagrando Luiz Inácio Lula da Silva,
Duas vezes Presidente,
Fazendo ainda,
Dilma, sua sucessora,
Daí a covardia da perseguição
Sem trégua e rastaquera
Ao maior líder politico
Da Nação brasileira,
Mas ele não se abala
Mesmo embargada-lhe a fala,
A alma ferida
Ante a desdita da perda irreparável
Da esposa querida,
Companheira de toda uma vida,
Ergue-se ainda mais forte ,
Mais pujante,
Porque seu brio se faz
Por ser do rincão brasileiro,
“Gigante altaneiro”
Que não foge à batalha,
Que mesmo ferido(preso)
Pela seta ligeira
Do golpe rasteiro
Que calcou aos pés
A gente brasileira,
A “jararaca” não foge jamais
Ao embate requerido
Na férrea peleja
Que enseja,
Ser bravo, ser forte,
Característica comum
Desse gigante
Que não se verga
Aos vendavais da sorte,
Porque é o “cara”,
Que está preso... no coração do povo!