Já sobra nada para quem não é nada;
Tens olhos, mas não enxergas
És uma entidade decorativa
No meio de todo este caos pré-fabricado
Em que vivemos.
Abrem-se as portas do mundo
E emerge o circo de fenômenos;
Putas, leprosos e maquinas
Saem em busca de algo.
Tudo se expande e se contrai no mesmo tom.
Tens pernas, mas não saltas adiante
Não transcendes, não deixa pegadas.
Vira fenômeno, e nem notas.
Abres os braços e não há nada,
Nada para ti.