Soberania

Minha alma corre pelos campos floridos leda

com vigor sorriso a fulgurar

Mas os devaneios sobre a musa pátria

Mancharam-na e a fizeram apenar

Dissipando o seu legado

Feito flor em meio ao estio de verão

Amargaram-na o seu doce encanto

Quem a manchou, oh quem a jogou

Neste palustre úmido?

A América em que habito não mais a vejo ditosa

Mais parece uma endecha descorada

Cheia de versos triste

Inclinada sobre os seus verdes bosques

Com apelos e gemidos profundos

Oh, América!

De nada adiantou a tua alforria

não tens gozo nem paz nem alegria

Quem irá educá-la? Quem irá salvá-la?

Hoje não és digna de ter em teu apogeu o nome cravado

E um símbolo que se diz soberania

sabiá poetico
Enviado por sabiá poetico em 03/09/2017
Código do texto: T6103417
Classificação de conteúdo: seguro