Soberania
Minha alma corre pelos campos floridos leda
com vigor sorriso a fulgurar
Mas os devaneios sobre a musa pátria
Mancharam-na e a fizeram apenar
Dissipando o seu legado
Feito flor em meio ao estio de verão
Amargaram-na o seu doce encanto
Quem a manchou, oh quem a jogou
Neste palustre úmido?
A América em que habito não mais a vejo ditosa
Mais parece uma endecha descorada
Cheia de versos triste
Inclinada sobre os seus verdes bosques
Com apelos e gemidos profundos
Oh, América!
De nada adiantou a tua alforria
não tens gozo nem paz nem alegria
Quem irá educá-la? Quem irá salvá-la?
Hoje não és digna de ter em teu apogeu o nome cravado
E um símbolo que se diz soberania