Demónio branco
O demónio branco que tem no estômago o capitalismo,
O satanista que jorra nos microfones seus venenos,
E não satisfeito de ter modificado o direito trabalhista,
A aposentadoria e também a reforma do Ensino Médio,
Que articula seus planos em oculto — no seu prédio,
Agora tem um novo plano para executar: — fascista!
Brasil mostra a tua cara! Vamos escarrar no seu gosto,
Derrubá-lo logo do seu poder, tirará-lo do seu posto!
Senão esse presidente incompetente que odeia a Bíblia
Proporá com rancor um morticínio como na Idade-Média,
Caso não agirmos logo ele praticará a satânica comédia.
Seu fascínio agora não está apenas no meio da cidade,
Sua cobiça, o amor ao dinheiro é raiz de toda desgraça.
Agora o amor pela vida é para ele uma grande inimizade,
O verde-azul da Amazônia quer transformar em fumaça.
Ele quer secar os rios, os lagos e matar os peixes;
Expulsar nossos irmãos: os ribeirinhos, os índios.
Por favor, meus irmãos, vamos embargar, não deixes
Esse demónio branco matar o macaco e o tatu!
Já é hora de expulsar do nosso território esse urubu.
Quer ver as vidas das plantas, dos nossos animais
Ser transformarem num cataclismo e muito mais.
Ele não está nem aí para o povo brasileiro gentil,
Quer nos mandar para bem longe: pra puta-que-pariu!
Nos seus olhos o que há é a ânsia pelo ouro e cobre.
O que ele quer mesmo é que o Brasil morra pobre,
E enriquecer os bolsos das empresas estrangeiras.
Esse fascista, chefe da corrupção, mal até a raiz
Quer de verdade exterminar de uma vez o nosso país.
O poder corrompe o ser humano e a nação sofre
Por ver alguém que só quer saber de encher seu cofre.
Não sente prazer em ver o verde da nossa floresta,
Gosta mesmo de ver o que o capitalismo não detesta.