GUERRAS, ILUSÕES E REVOLTAS
Uma legião de bárbaros ''civilizados''
Foi preparada e aprimorada
Para esquartejar e matar
Aqueles que não se imbecilizaram.
Enquanto isso, a publicidade, a mídia
A televisão, os rádios e tantos outros meios
Não fazem outra coisa
Senão venderem suas ilusões
Aos tolos consumidores
De experiências que nada edificam
E de emoções autodestrutivas.
As massas ignaras de sua condição,
Pobres almas sem destino e esperança,
São incessantemente anestesiadas
Com toda sorte distrações, divertimentos,
Alienações, enganos e apelos insanos.
Hoje multidões de todo o mundo
Foram congregados para semear
Violência, brutalidade e discórdias
Sobre a estrutura de sociedades
Corroídas pela violência urbana.
Pessoas de todas as nações
Se armaram para ferir
Uns aos outros;
São pessoas sem escrúpulos
A incitarem um ódio incontrolável
Entre inúmeras etnias, línguas e povos.
E aqueles Irmãos que deveriam
Caminhar juntos
Preferem se destruir mutuamente,
Numa ânsia perversa e flagelante.
Há um clima de morte
Que paira sobre a humanidade
Degradada pela corrupção.
Hoje em dia quantas pessoas não estão
Putrificadas pela ganância
E pelo fruto amargoso do pecado!
As revoltas que vão contra o avanço das guerras
E contra a má administração dos governos
Em vão se inflamam pelo mundo afora.
As revoltas que estouram como bombas,
Buscam, num esforço inútil e estúpido,
Deter o avanço da injustiça
Que se prolifera
Sobre o caótico mundo pós-moderno.
E embora a revolta
Produza a necessidade da luta;
E embora a revolta
Seja um grito que almeja gerar mudanças,
O ódio e o ressentimento
Não tardam a incutir
A existência de inimizades
Por todos os cantos e direções.
Novas guerras surgem
Todos os dias aqui e acolá;
Enquanto novas ondas subversivas
Que pelejam contra esse sistema desumano,
Não fazem outra coisa senão
Engrossarem o caldo
Dessa situação desoladora,
Uma situação impregnada
Por nuvens de destruição, morte e caos.