Um cadarço de sapato
Feito um laço
Prende, amarra segura
Jogado ao chão
Por que solto, desprendido
Cara de arrependido!
Somente dês-preendido
É meu caro cadarço foi o tempo que andavas
Passeavas, ia ao campo, a copa, cozinha
A cidade, a praia, balada... Brilhavas
Estas sós e de nada serves
Não prende não amarras, não seguras
Nada tens e pouco és
Somente um atilho, uma fita sem compressão
Um nastro de linho aprisionado
Incompreendido, sem rumo, aprumo ou função
Quem amarra, prende segura
Sozinho fica, inseguro expira
Estirado feito cadarço no chão