SANGRADOS
O passo da terra inconstante, o desalinhado cortejo instável. De pé, de joelhos, por súplica de lágrimas a terra caminha sozinha.
O descontentamento erguido não é vulgar. Simulando paz, elevando altar. 3 da tarde, da manhã, 12 horas que não desfaleci... Contentai-vos com vida demoníaca.
Manto rasgado, nova coleção batizada de sagrado. Cada cuspe, a mínima pedra lançada é registro. Meus modelos perfeitos de honra e glória para sempre. Minha passarela é via crucis... Primeiro tombo, 2º tombo, 3º tombo... Não me levantem mais.
O caminho é de chagas, o efeito é de sangue lavando a estrada... Mais um tombo, mais carinho aos pulsos.
Chorai meus anjos, baterei palmas na cruz. Venha vós ao nosso reino, e seja feita toda má vontade.
Do graal á lança, as moedas bem enterradas... mas o meu peito sem armaduras, feriu, meu sangue é alcoólico... E vocês nem irão sobreviver... Por mim, pelo pai, e que seja assim até o final dos tempos!