Que liberdade o capitalismo te dá?
A grávida
Com dezesseis anos
Escuta funk
Esperando o ônibus de pé
Na periferia
O homem com fome
Abre o saco de lixo
Vasculha o saco
Põe um pouco de comida na mão
Põe a mão na boca
Um exército de marginalizados
Aguarda cabisbaixamente
Com um pote na mão
Um pouco de comida do restaurante
Senão fica sem o pão de cada dia
Crianças que vão para a escola
Para comer
Porque não tem o alimento
Nas suas próprias casas
Uma matilha de crianças
Cães sem dono
Vão em busca de trocado no metrô
Para comprar o osso
A mulher
Com a filha no colo
Pede esmola
Na calçada
Nos semáforos
Crianças tratadas
Como prisioneiros
Nas escolas
Ficam dezenas de anos
Enclausurados nas salas de aula
Não aprendendo
Nem a ler
Nem a escrever
Jovens mortos
No inferno da periferia
Como vira latas
Pelos sanguinários da polícia
Cães que latem
Não querem largar o osso
Brigam como vira latas
Em busca de podres privilégios
Moradores de rua
Passam frio e fome
O prefeito de plantão
Tira seus pertences
Manda o guarda bater
A política higienista do prefeito
Manda o morador de rua
Para o canil invisível
Do abandono e ignorância
Que vai transformar o pobre em sabão
Ratos do Congresso Nacional
Roem a grana do povo
Com propinas
Em tenebrosas transações
A causa de tudo isso
É o capitalismo
Que trata o homem
Como lixo
Como produto
A ser descartado
A qualquer momento
Fica aqui uma questão
Que liberdade
O capitalismo
Te dá
A grávida
Com dezesseis anos
Escuta funk
Esperando o ônibus de pé
Na periferia
O homem com fome
Abre o saco de lixo
Vasculha o saco
Põe um pouco de comida na mão
Põe a mão na boca
Um exército de marginalizados
Aguarda cabisbaixamente
Com um pote na mão
Um pouco de comida do restaurante
Senão fica sem o pão de cada dia
Crianças que vão para a escola
Para comer
Porque não tem o alimento
Nas suas próprias casas
Uma matilha de crianças
Cães sem dono
Vão em busca de trocado no metrô
Para comprar o osso
A mulher
Com a filha no colo
Pede esmola
Na calçada
Nos semáforos
Crianças tratadas
Como prisioneiros
Nas escolas
Ficam dezenas de anos
Enclausurados nas salas de aula
Não aprendendo
Nem a ler
Nem a escrever
Jovens mortos
No inferno da periferia
Como vira latas
Pelos sanguinários da polícia
Cães que latem
Não querem largar o osso
Brigam como vira latas
Em busca de podres privilégios
Moradores de rua
Passam frio e fome
O prefeito de plantão
Tira seus pertences
Manda o guarda bater
A política higienista do prefeito
Manda o morador de rua
Para o canil invisível
Do abandono e ignorância
Que vai transformar o pobre em sabão
Ratos do Congresso Nacional
Roem a grana do povo
Com propinas
Em tenebrosas transações
A causa de tudo isso
É o capitalismo
Que trata o homem
Como lixo
Como produto
A ser descartado
A qualquer momento
Fica aqui uma questão
Que liberdade
O capitalismo
Te dá