Nova Era e as Águas
Passei sede ao lado do principal rio da cidade
Passei fome na estrada de terra
O poeta reflete a sociedade
A poesia reflete a vida
Como denuncia falo da sede ao lado d’água
Da fome no caminho
Denuncio o meu sofrer
Prenuncio o que está a acontecer
Mas anunciar é meu dever
E sobrevivi à viagem
Voltei com as mensagens
A natureza falou
Está faltando amor
Profundidade no amar
Saber que uma árvore tem seu lugar
E não pode uma motosserra se acostumar
A tanto trabalhar
Não podemos mais cagar no rio
Não podemos mais falar dos outros
Nem de nossas empresas
Nem de nossa vida
Parece que nossa privada
Já está entupida