TATOO
Não haveria maior punição
Nem submissão à qualquer flagelo imposto
Nem veneno de amargo gosto
Que ostentar no rosto a “marca de ladrão”.
Que arbitrária mão se levanta
Na razão de punir, lesar, dar mostras
De imaculada e que tatuada a resposta
Ao dano aperta ainda mais o nó em minha garganta?
Podia ter acolhido, um “pai” se feito
Um mestre que ensina seu dom, sua arte
Àquela infância desvivida.
Teria sido seu desenho mais perfeito
Sua ação correta naquela tarde
Grafitado sua presença na vida.