TATOO

Não haveria maior punição

Nem submissão à qualquer flagelo imposto

Nem veneno de amargo gosto

Que ostentar no rosto a “marca de ladrão”.

Que arbitrária mão se levanta

Na razão de punir, lesar, dar mostras

De imaculada e que tatuada a resposta

Ao dano aperta ainda mais o nó em minha garganta?

Podia ter acolhido, um “pai” se feito

Um mestre que ensina seu dom, sua arte

Àquela infância desvivida.

Teria sido seu desenho mais perfeito

Sua ação correta naquela tarde

Grafitado sua presença na vida.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 20/06/2017
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