Marcas na fronte ou na consciência?

A crueldade humana é incabível

Nunca ver-se-a toda sua maldade

Parte de um coração indestrutível

Segue atingindo a humanidade

Maldade por maldade é irremediável

Corpos vagos

Que se dizem alma

Cheios de ódio e egos

Argumentam sem calma

A humanidade

Pede sempre pena de morte

Faz da tortura, justiça

E com as próprias mãos

Tatua a vida

De quem comete injustiça

Por não saber o que ela é

Por não ter tido se quer uma chance

De ser diferente

A sociedade exclui

O excluído há temposmpo

O indivíduo julga, agora

O que antes, nunca existiu

Que voz tem hoje

O que nunca teve?

E você, nesta hora,

Teria o corpo marcado

por seus pecados?

Um corpo tão marcado

Quanto a tua consciência?