A Glória do Crime
Vivemos hoje o despertar
De um novo tempo de glória
Onde tudo parece um sonho
Uma belíssima história.
Mas a verdade é sombria
Pois ao final de cada dia
O crime leva a glória.
A bala que atravessa o peito
Sangrando o coração ferido
Que já não batia tão bem.
O projétil de vermelho colorido,
Esfacela os órgãos vitais
Destruindo células neurais
Deixando tudo dolorido.
A faca no estômago enterrada
Revirando pobres entranhas
Num golpe fulminante
Preciso como as aranhas
Na captura da presa inocente,
Onde a morte está presente
Pelo sangue em que se banhas.
O membro que penetra o orifício
No vai e vem da brutal violência,
A vítima chora de dor, geme e grita
Pedindo um pouco de clemência
Onde o sangue puro e casto
É derramado no verde pasto
Pelo agressor sem consciência.
E lá, enganando o povo
Eleito pelo voto popular
O político frio e mesquinho
Assiste tudo se acabar
Roubando o dinheiro da nação
Afundando na lama da corrupção,
O seu, o meu, o nosso querido lar!
Autor (Gilberlandio Francisco – 05/01/2016)