CAIXINHA MÁGICA
Uma caixinha preta que prende o olhar,
Com almas e notas para me guiar.
Quer saber quem sou, me procure lá,
Quer saber quem é, deixe te mostrar.
O caminho ela me guia, mesmo sem querer,
Pelo certo e pelo errado, ela me faz viver.
Ela me faz querer, ser o que não sou,
Ela me faz querer, ter, eu já nem estou.
Lá fora o mundo roda, se perde no vão,
Aqui dentro bato palmas, com saco de pão.
O fato é amargo, quero um doce então,
Escolho aleives com minha própria mão.
A Dança das cores, decifra os sabores,
A toa atores recriam rancores.
Faz versão de mim e do que eu vivo,
Me prende calado, me retira os livros.
Na arte vidas em loops, truques de ilusão,
No encarte dos looks, só troca alusão.
Caixa quadrada plana, mas segue igual,
Nessa troca de controla, renova o sinal.
Era uma caixinha preta que fazia mágica,
Com brilho contraste, vindos da galáctica.
Encantava vidas, sem tato na tática,
Dentro dela sonhos, em mentes estáticas.
Contrastando risos com cair de lágrimas,
Brilhando desejos, realiza lastimas.
Sua mímica é laica, é lesada e rústica,
Uma caixinha mágica, com imagem e música.
Uma caixinha preta, que me faz sonhar,
Durmo com seu som, difícil é despertar.
Só distribui desejo, então pra quer o medo ?
Com encanto e magia, é o melhor brinquedo.