A Morte dos Namorados
A Morte dos Namorados
Que bela poderia ser essa moça.
Se seus pais dela cuidassem.
Que bela poderia ser essa moça...
Se seus irmãos com ela se importassem.
Que bela seria...
Se seus amigos a ela sorrissem.
Talvez nem tudo esteja perdido.
Poderiam os poetas curarem as feridas dela?
Talvez...
Mas eles precisam cicatrizar as próprias.
Uma senhorita tão bela e fogosa.
Outrora vestida com um longo vestido verde e colete azul.
Hoje suas roupas estão gastas.
O azul empalideceu e o verde confunde-se com cinza.
As fadas não estão mais vivas para tecer outras vestes.
Seus namorados estão morrendo...
Eles eram tudo para ela.
Pobre Itacaiúnas!
Coitado Tocantins!
A doença que lhes mata também acomete a donzela.
Talvez tenha sido bela, mas hoje nem é rastro daquela.
Resista sofrida Marabá, ou deixe a doença do homem te matar.
Vá, vá descansar! E num passado saudoso com teus namorados na sombra da tarde poderá brincar.
Dalvis Din 2017