Meu desdém
O olhar do homem na esquina
risca meu rosto que passa
corte rápido de esgrima
fio social em navalha
por todo olhar que lançava
um último sopro instante
em todo rosto da estrada
um não pra esse olhar distante
com cada um que cruzasse:
"meu pouco tempo no braço"
"meu pouco caso no mundo"
"o meu tão pouco de mim"
mendigo
não homem
pelas ruas
E minha rudeza crua
no desdém que aqui revelo
não convém também c´a súplica
do meu peito não tão sério