Ecos de cinzas

Sob a sombra das chaminés,

ergue-se o grito que o tempo não cala,

corações marcados por números,

identidades roubadas pela escuridão.

Choros abafados entre tábuas,

esperança diluída na fumaça,

olhos que fitam o vazio,

procurando o sol que nunca chega.

Filhos arrancados dos braços,

mães que cantam despedidas em silêncio,

o ar carrega o peso da perda,

e o chão, o sangue de um mundo cego.

Mas, nas ruínas do horror,

brotam flores de memória,

uma promessa gravada nas almas:

nunca mais, nunca mais.

Sob o céu que já foi cinza,

ecoa o juramento da humanidade,

de que a dor do holocausto,

não se repita na história.

Samira Vilaça Araujo
Enviado por Samira Vilaça Araujo em 21/03/2017
Reeditado em 25/12/2024
Código do texto: T5947887
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