Ecos de cinzas
Sob a sombra das chaminés,
ergue-se o grito que o tempo não cala,
corações marcados por números,
identidades roubadas pela escuridão.
Choros abafados entre tábuas,
esperança diluída na fumaça,
olhos que fitam o vazio,
procurando o sol que nunca chega.
Filhos arrancados dos braços,
mães que cantam despedidas em silêncio,
o ar carrega o peso da perda,
e o chão, o sangue de um mundo cego.
Mas, nas ruínas do horror,
brotam flores de memória,
uma promessa gravada nas almas:
nunca mais, nunca mais.
Sob o céu que já foi cinza,
ecoa o juramento da humanidade,
de que a dor do holocausto,
não se repita na história.