CICLO DA ÁGUA (Replay) Dia Mundial da Água 22 de março
CICLO DA ÁGUA (Replay)
Todos em ti deixam sua sujeira
Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas
Voltas renovada, purificada
Cristalina a cada novo ciclo de vida
Podes ser sólida, líquida ou gasosa,
Tua sublimação de sólida a vaporosa
É movimento constante, na esfera.
Estás nos oceanos, continentes e atmosfera
Porém está na evapotranspiração
Tua maior afirmação de transmudação
Passas à atmosfera pelo efeito do calor
A cada ciclo hidrológico repetidor
Te condensas em nuvens de vapor
Para a milhares de quilômetros dar vigor
A plantas, florestas, cardos e roseiras
Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras
Penetras no solo, alimentas as nascentes
Cursos d’água em todos continentes
Deságuam nos lagos e outros no mar
Ou criam aqüíferos singular
Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa
Escoas esbravejando na tarde chuvosa
Em direção aos rios, lagos e oceanos
És inconstante, levas vida de ciganos
Brotas de fissuras nas rochas duras
Irrompes de entre nuvens magnéticas
Que cospem línguas de fogo para a terra
E o fogo apagas, esfrias a guerra
Tua força e dom é sobrenatural
Mitigas a sede de planta, do animal
És o prenúncio da vida renascida
O poder o equilíbrio e a medida
Força suprema da natureza viva
Que de ti nasce e se procria ativa
És potência, vigor, força e energia
És dilúvio, enchente e calmaria
Esperança do agricultor, seiva da vida
Fertilidade e abundância de comida
Nos organismos, matéria predominante
Âncora que a vida leva adiante
Nas madrugadas em forma de orvalho
Ou então caindo em lentos flocos de neve
Qual manta branca na linha do horizonte
Cobrindo vegetação, árvores e montes
Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares
Com a evaporação marítima sobes aos ares
E os ventos te transportam aos continentes
Em ciclos contínuos e permanentes
P’ra no caminho subterrâneo te infiltrares
Nos poros das formações sedimentares
Num processo contínuo e lento
Como quando nuvem, ao sabor do vento
Crias vendavais, e inundações
Transbordas nos rios, lagos e lençóis
Só o mar acalma tuas agitações
Por vezes encapelas ondas, dimensões
O processo de mutação pelo calor
Que do globo passas à atmosfera
Para renovar com viço e amor
A natureza que sempre te espera
De teu potencial surgiu a roda d´água,
A máquina a vapor, a usina hidrelétrica
O caminho fluvial, a caixa d’ água
Com participação em toda cibernética
São Paulo, 22 de março de 2006 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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