INFÂNCIA ROUBADA

Trabalho infantil, sociedade marginalizada.

Estão nos faróis, sentem-se sós.

Pedem um pedaço de pão para a fome saciar

Noites de frio, dias de fome estão a passar.

Medo não tem da vida enfrentar

Por onde andam essas crianças

Que na escola não vão?

Estão trabalhando nas ruas,

Muitas vezes quase nuas

Tem que levar para casa

O sustento para os irmãos

A pobreza obriga-lhes a partir para as ruas

Meninas tão jovens que seu corpo doam

Por poucos centavos, infância roubada.

Gravidez precoce, vida amargurada.

Mãos cheias de calos que pedras carregam,

Em vez de escola, nos canaviais se encontram.

Marcas nos corpos tão pequeninos

Pelos lixos passam reciclagem procuram

E ali mesmo restos de alimentos encontram

Deteriorados, cheirando mal.

Mas não importam a fome querem matar

Não têm a oportunidade de uma escola freqüentar

Muito menos com seus amiguinhos brincar

Infância roubada, o tempo a passar.

Em lugar de brincar estão a trabalhar

E a sociedade o que está a fazer

Para das ruas essas crianças tirar?

Gal
Enviado por Gal em 05/08/2007
Código do texto: T594506
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