Serpenteando, eu?

Esta bela serpente que serpenteando vive;

Adentrando matas, morros, colinas e pastagens,

Não pode ser aquela mesma da palestra que tive;

Que vil, tirou de nós da mais perfeita linhagem.

Vendo esta serpente que serpenteando vive;

Que traz alimento, mata a sede, refresca o ar;

Sendo tão pisoteada, destruída não me contive,

Será que não foi ela a seduzida logo ao despertar?

Para cima dela jogam todo seu lixo e seu vício;

Contaminando as águas por qualquer capricho;

Criou outro mundo carregado do eterno artifício.

Inventou rios sem curvas nem peixes, muito micho.

Querendo ser Deus, não consegue ser nem homem;

Toda beleza que recebe gratuita, destrói,e consome .

Lindalva
Enviado por Lindalva em 17/02/2017
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