A ESTRELA DA MORTE
A ESTRELA DA MORTE
As guaritas ficavam espalhadas pelo muro em pontos estratégicos
A que eu estava ficava de frente para o monte que fingia sorrir,
Na intenção de te convencer que o mundo era bom
Eu sentia frio
A tempestade era tão forte
Tão forte
Que o jeito foi abraçar-me a coluna para que o vento não levasse minhas palavras, nem minha musica.
Eu tinha sede
Eu tinha fome
Fome de viver
Mas era só um número
Um número nas estatísticas
E não importava o tempo que passei olhando as vagas estrelas da Ursa, tendo por teto um céu sem estrelas.
Não importava o tempo que passei na cabana de frente pro mar.
Não importava o tempo que quase não tinha mais força para levar o garfo de comida à boca, durante minha luta contra o esquecimento.
Não importava o tempo na sala de aula, em que a régua ameaçadora, refletia o raio invisível que entrava pela janela para queimar meus olhos e apagar minha consciência.
Eu era um número
Como todas as coisas
Como todos os fantasmas que existem vagando pelos quintais durante a madrugada
Eu era um número
Um número nas estatísticas
E não importava
Se o que eu tinha a dizer
Eram portas abertas
Ou um novo amanhecer
E não importava o tempo que sonhei com a liberdade do disco voador azul
Que cortava o céu
Até ser alvejado pela estrela da morte
Aquela que tudo vence
Aquela que tudo destrói
Aquela que com tudo acaba
*REFERÊNCIAS
Poemas:
Santo Cosme e São Damião (Sérgio Salles-Oigers )
Instrumental (Fabiano Soares da Silva )
Filmes:
Guerra nas Estrelas ( 1977 - Star War ) De George Lucas
Raio Invisível ( 1936 – The Invisible Ray ) De Lambert Hillyer
Por Teto Um Céu de Estrelas ( 1968 E Per Tetto Un Cielo di Stelle ) De Giulio Petroni
Vagas Estrelas da Ursa (1965 Vaghe Stelle Dell’Orsa... ) Do Mestre Luchino Visconti