Fim da vida um alivio e o terreno do chão devo pagar?
Fim de um dia
Fulgor opaco
Insistente e extinta lanterna
Ocaso borrão no espaço
Na aparência de um injustiçado
Ou um lamento, uma queixa
De um ente que deu luz
...E brilhou
Somos feitos de pó
E ao mesmo pó voltaremos
Criatura e astro do mesmo fulgor
Compartilhamos o mesmo fim
Exceto que amanhã de manhã brilharás
E eu serei sepultado
Seria um alivio da dor, das perdas, dos deveres, responsabilidades
Da carga, da injustiça, da conta
Conta que paguei minha vida inteira
E agora mesmo na morte, irei quitar
Por isso meu grito nesta iniqüidade!
Iniciou-se o grupo, fez - se o social,
Criou - se o organismo chegou-se a um estado de coisas
Coisificadas pelo Estado; de lei,
De regras, de contribuições, de taxas
Funesto arcabouço, estrutura letal
No crepúsculo da existência do cabo da vida
Cobra ingresso final