Anti-edípica serenata
Máquina sem órgãos, olhe para mim
Máquina demaquilante me delineia
Máquina esquizofrenica, entristece-me
Pavorosos os que sujam-me
Repulsa cada conexão fluída
Seja ela a ida da antiprodução assistida
Da compulsão que se estabelece e vai
Sentindo-se mal com seu deus-órgão
Vêm a nós as paradas produtivas
Seu contraste com a formulação desejante
Máquina sem órgão, olhe para mim
Como fabricante de subproduto
Funcionamento maquínico, tome o desejante
Esfacelamento determinante esquisofrenico
Os dois aos três, quisera eu partir?
Fator edipiano faz-me rir.
Produto de máquinas subservientes,
Quanta força de produção subjacente!
Alegoria de esquizo ou paranóia?
Para a tônica da filosofia, clara jóia.