Exatamente agora
Gorete Amorim
Mulheres e homens trabalham incessantemente pelo pão de cada dia.
Pão que custa demasiadamente caro, pois é fruto do trabalho suado, sofrido, explorado e ainda escravo.
Quanto vale a força de trabalho
do cortador e da cortadora de cana?
do agricultor e da agricultora?
do pescador e da pescadora?
do operário e da operária?
Custa caro esse pão !
O pão de todos e de nenhuns
O pão que nos falta
O pão mínimo para matar a fome, de corpos sofridos, maltratados, quase flagelados, no campo e nas cidades.
Em nome das guerras, do lucro, do latifúndio, do poder e da riqueza de poucos, se flagela e mata de exaustão mulheres e homens que produzem, mas não comem do pão.
O que comemorar no dia de hoje, se não a luta de trabalhadores e trabalhadoras de ontem e de hoje, pelo trabalho enquanto condição de vida humana para todas as pessoas?
Maceió – 1º de Maio de 2007