Manifesto em Brasileiro
Já é hora, agora, de não temermos nada
Já é hora, agora, de não ficarmos mudos
Com a mente silenciada
O duro golpe já foi dado
A Carta Magna foi rasgada
Já é hora, agora, de botarmos a boca no trombone
E anunciarmos a nossa virada
Chega de nos servirem a mesa
Como acompanhamento de vinhos finos e caviar
Como uma magra salada de vegetais
Como mera entrada nesse jantar
Vamos ser vísceras, bofes, fígados e rins
Que nem todos vão topar
Sermos indigestos mesmo e por isso sabermos
Que não seremos deglutidos sem esforço
Pois somos POVO, não gêneros de alimentar
Já é hora, agora, de buscarmos o que é nosso
de salvarmos dos destroços o que é digno ainda em nós
Já é hora, agora, de defendermos o que conquistamos
Ao custo de muitas vidas, de muitas noites mal dormidas
Para construirmos os sonhos de nossos avós
Se nos querem subservientes, não seremos
Se querem gordura para queimar nós temos
E que não seja fácil de levar
Mostremos que ainda somos de luta
Pois nós logramos em labuta
Todo o nosso caminhar
Chega de comprarem seus luxos à vista
Com o dinheiro que é de milhões
De colocarem em penhora ou empréstimo a juros baixo
Tudo o que é de nossa Nação
Basta dessa sangria de nosso sangue
Somos POVO, somos Grande, façamos REVOLUÇÃO!!