O histórico de uma grande profecia.
A liberdade fugiu de um livro escrito na imaginação.
Apesar dos sonhos a alma do alto caiu no mar.
Entre as varandas de um templo contemplativo.
Zarpou-se a intuição.
A liberdade, a liberdade encheu de chamas.
Para onde vamos, as incertezas do coração.
As imprevisões, páginas místicas dos vossos olhares.
Apesar do sol as ondas presas ao infinitólogo.
Um pacto eterno a destinação dos seus desejos.
A hermenêutica interpretativa.
Quem são eles a confluência das vossas palavras.
Descem aos céus os horizontes, navegadores, assombrosos.
O que devo guardar os grandes segredos.
Que mundo é esse, qual a origem.
Subespécies intemperadas as ventanias tirânicas.
A chave de memórias coletivas a explosão do insignificado.
Sob os passos a espuma dos seus pensamentos.
Entre as dunas, ferozes incompreensões.
Em alguma parte a chuva de neve.
Entretanto, distante do mundo desértico.
Um quarto escuro em pleno dia, sem o despertar da nova aurora.
Tantas coisas perdidas e o ar imprevisível.
O mundo vosso.
Esquecimento da imaginação.
Tragado no peito as sombras do vento, deixadas aos trilhos.
Tamanha tristeza as representações, o mundo fenomenológico.
As vossas proposições, fendas as derivas, plúmbeo ao casulo.
A correnteza desproporcional, perdida, distante dela mesma.
Os latifúndios da vida.
A fascinação do orgulho, mimética psicopática.
A invenção da concentração, o limite da memória da ideologização.
Qual a vossa culpa, tão somente a bestialidade discricionária.
Páginas cheias com letras brancas.
Ao horizonte clarões invertidos a honra perdida.
O mundo proposto ao atraso dos sonhos.
Falam das estrelas fugindo entre as trevas.
O vislumbre da bestialização das engrenagens, as grandes tormentas.
Ao colocar da noite, grandes pesadelos como resultados das tempestades.
Imponderáveis.
Edjar Dias de Vasconcelos.