Pálidas negritudes
A negritude não é como ela é
Este sorriso negro não traz açoites
Mas melodias de canções milenares
Escritas em linhas pretas
Assentadas em telas brancas
Mas do que adianta
Se as mesmas veias que percorre o claro
O negro, mapeia?
Estradas que carregam os mesmos viajantes
Mas com passados divergentes
Uma, contos gloriosos
Outra, histórias ardentes
Supere estigmas
Assim como o poeta supera-se a cada poesia
Cabelos lisos ou crespos;
Brancos ou negros;
Eu ou você?
Não permita que a sua alma acalente
A imagem do preconceito que se diz ter
Feche os olhos;
Imagine um mundo sem cor
Neste mundo, raças não existem
Só há lugar para o amor.