Poema do absurdo
minha velha e nada doce futilidade
de bares em bares foi-se a vida
o que me cresce é a saudade
de toda a lembrança que foi perdida
abusado, todo atirado
quem somos nós?
doces bárbaros jogados
criando um ilusório algoz
limites são bem vindos
quando a clareza se embaça
pare de se jogar aos véus rasgados
já não enxergas a própria traça?
Lamento e digo com acidez
já é dia, e estou centrado
a lúcida luz do dia
ou a escura noite em claro?