Festa vazia.
O riso até veio,
mas aqui não reside.
O eco, esquecido, não lembra;
som da risada em declive.
E agora, José?
Não tem nova história,
só restou a memória,
a noite é fria,
cadeira ocupada,
mas a festa é vazia.
Escorre do velho prédio,
o suor quente do tédio,
que já nem se percebia
e de qualquer modo,
que diferença faria?
E você, José, o que fazia?
A festa acabou.
Você nem notou.
Fechado na sala, agora vazia.
Acabou a festa, José.
Vá embora, vá para casa.
Siga seu rumo, José.
Siga sua vida.