Transição Para A Paz...
Vejo agigantar-se, sob as estradas de um velho homem, as árvores, vívidas, inertes.
Vejo agigantar-se, sob o silêncio no firmamento, as árvores, vívidas e inertes.
Sobreviver... Sobreviva!
Quando o presente nega tornar-se passado
Meu coração contempla
Insubmisso
E me banirei, para junto da chuva;
Junto da escassez ética
Assentando a fome e mil formas de calafrio
E quando da canção surgir a lama
Sob o infortúnio perante o fracasso
Será imposto o equilíbrio
Varrendo das débeis vidas a ignorância em sua fé
O céu será chão
Onde se perpetuará o desconhecido
Pois sobre o calçamento de cadáveres, o rei observa, atento
A chuva vermelha desabar diante a inércia
Um viajante se aproxima, pesaroso
Em sua fronte, o adeus perpétuo
A noite adentra consumida pelo banquete dos corvos
O silêncio emerge das canções
O rei torna-se o solo
À madame Morte
Vinda da brisa que sopra do leste
De beleza tal que tradições se fazem nulas
O rei purifica os seus olhos
Limpa o sangue maculado de seus punhos
Na imponência das montanhas, o beijo rubro lhe aguarda
Lá, aonde a doce luz da manhã jamais se despede...