Destino traçado

Eu não quero nem saber

O que vai ser dessa nação.

Não me importam as consequências

Apredi a servir ao meu patrão.

Eu sou pobre, mas adoro

Ver feliz a nossa elite.

Que fiquem cada dia mais ricos

Não me importam seus palpites!

Podem dizer que sou um tolo,

Um escravo ou traidor, um suicida

Eu quero é ver na cadeia

Toda esquerda atrevida!

O meu Brasil pertence aos coronéis,

Empresários cheios de dinheiro.

É justo que se tornem cada dia mais ricos

E que tenham contas no estrangeiro.

Se há fome é o destino

De quem nasceu na pobreza.

Não convém mudar a lógica

Que apresenta a natureza.

Não convehamos perder de vista

Que nosso lugar na sociedade

É no interior das favelas,

Nas periferias das cidades.

Jamais devemos almejar

Qualquer que seja a regalia.

Só nos convém trabalhar

Pra satisfazer a burguesia.

Pobre nasceu pra trabalhar de sol a sol

Não carece de dire itos

Pois qualquer reclamação

Pega mal, é desrespeito.

Valviega
Enviado por Valviega em 27/09/2016
Reeditado em 11/12/2016
Código do texto: T5774502
Classificação de conteúdo: seguro