Destino traçado
Eu não quero nem saber
O que vai ser dessa nação.
Não me importam as consequências
Apredi a servir ao meu patrão.
Eu sou pobre, mas adoro
Ver feliz a nossa elite.
Que fiquem cada dia mais ricos
Não me importam seus palpites!
Podem dizer que sou um tolo,
Um escravo ou traidor, um suicida
Eu quero é ver na cadeia
Toda esquerda atrevida!
O meu Brasil pertence aos coronéis,
Empresários cheios de dinheiro.
É justo que se tornem cada dia mais ricos
E que tenham contas no estrangeiro.
Se há fome é o destino
De quem nasceu na pobreza.
Não convém mudar a lógica
Que apresenta a natureza.
Não convehamos perder de vista
Que nosso lugar na sociedade
É no interior das favelas,
Nas periferias das cidades.
Jamais devemos almejar
Qualquer que seja a regalia.
Só nos convém trabalhar
Pra satisfazer a burguesia.
Pobre nasceu pra trabalhar de sol a sol
Não carece de dire itos
Pois qualquer reclamação
Pega mal, é desrespeito.