Ares (Deus da Guerra)

O que hei de fazer agora

Se a aurora dos meus dias

Antes tão graciosa

Com os meus medos, foi-se embora?

Os pássaros já não cantam

Roguem!

Olhos tristes e prantos

Refletem a chaga

Das guerras que se repetem

Vosso coração agoniza

Ao relembrar daquele mundo

De paz, rosas e brisas...

Mas se degenera

Dilacerando em sofrimento profundo

Lágrimas cristalinas

Porém penosas

Carregam pela vossa pele

O temor de almas tempestuosas

Já não se goza da salvaguarda.

Pesadelos de aço, metálicos

Ameaçam vossas casas.

Livrai-nos, Deus

Destes afrontos bélicos

Vidas afugentadas

Ambiciosas pela liberdade

À deriva do caos

Indefesos à maldosa sagacidade

Caros leitores

Sinto-lhes dizer

Nesta terra atroz

Os presos somos nós.

Enzo Mota
Enviado por Enzo Mota em 31/08/2016
Código do texto: T5745851
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