Ares (Deus da Guerra)
O que hei de fazer agora
Se a aurora dos meus dias
Antes tão graciosa
Com os meus medos, foi-se embora?
Os pássaros já não cantam
Roguem!
Olhos tristes e prantos
Refletem a chaga
Das guerras que se repetem
Vosso coração agoniza
Ao relembrar daquele mundo
De paz, rosas e brisas...
Mas se degenera
Dilacerando em sofrimento profundo
Lágrimas cristalinas
Porém penosas
Carregam pela vossa pele
O temor de almas tempestuosas
Já não se goza da salvaguarda.
Pesadelos de aço, metálicos
Ameaçam vossas casas.
Livrai-nos, Deus
Destes afrontos bélicos
Vidas afugentadas
Ambiciosas pela liberdade
À deriva do caos
Indefesos à maldosa sagacidade
Caros leitores
Sinto-lhes dizer
Nesta terra atroz
Os presos somos nós.