NAS CURVAS DO ÔNIBUS
NAS CURVAS DO ÔNIBUS
Da janela do ônibus
há quem alcance
o verde e a fumaça
a imagem das pessoas
que torneiam seus sonhos
pelas calçadas das ruas.
esquinas e mendigos doutorados
cabem na aquarela do pintor
Janelas e prédios abrem alas
para os camelôs e para as artesãs que tropeçam entre
flores e retalhos.
Do outro lado um sino toca
um pregador discursa
a mãe observa enquanto amamenta um filho
buzinas berram o ciclista pede espaço ao motociclistas
crianças brincam no pátio de uma escola
flores desabrocham no meio
da aparição do sol entre nuvens nubladas
um bêbado canta um político late
nos labirintos da urbanização
cidade constelação de mundos
disse o poeta que recriava trechos do todo nas curvas
da janela do ônibus, enquanto observava o cartaz.(Érika poetisa)
Salvas ao folclore Brasileiro!