BAILARINA GALVANIZADA

É noite,

e lá vem a bailarina.

Toda graça, toda prosa,

ensaiando ser menina.

Cá está a bailarina.

Sob as luzes da ribalta,

brilha mais que purpurina.

Lá vai a bailarina.

Morta viva, viva morta,

com a dor que desatina.

Dorme agora a bailarina,

entre pedaços de sonhos,

cacos da sua sina.

Cedo, desperta a bailarina.

Veste roupa de operário,

pega o trem na outra esquina.

Masé Quadros
Enviado por Masé Quadros em 08/08/2016
Reeditado em 08/08/2016
Código do texto: T5722817
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