Terror, amor
Absurdos, sinistros eventos,
espalham-se pelo globo.
Seus agentes, agourentos,
das profundas sombras vêm.
Querem ser mais que a vida,
aprofundar suas feridas,
arrancar suas raízes.
Por isso tudo destroem,
num paradoxo maldito,
impossível, improvável.
Demônios brutos, em conflito,
inexatos, irascíveis.
Num outro ponto distante,
a mãe nutre seu filho,
com carinho fascinante.
Ao lado, o filho de outra,
tenta sobreviver ao caos
e manter da vida a flor.
Seios vertem o leite salvador,
enquanto se pode ver
lado a lado, mãos hábeis
tentando, com muito carinho
outro frágil ser manter.
Olho perplexo e adivinho:
Serão um dia os que são salvos
os mesmos que, insolentes,
vão destruir outros seres?
Como podem tanta maldade,
e tanta inútil bondade
habitar o mesmo ponto,
no mesmo estranho mundo
do mesmo único Deus,
dos mesmos bizarros homens?
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Histórias do Futuro
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