Presunção de legitimidade
Fumaça de ordem
e gargalhadas de progresso
estampados em bandeiras.
Vida encolhida em jornais,
pão que o homem amassou,
diabos e catequeses na central do Brasil.
Quem cantará por ti?
Quem escreverá?
Quem morrerá de amores,
senão por tuas tetas e bundas?!
A vida tropeça cá nos trópicos.
Ray Ban.
X-ray.
Reis mancos e pedintes.
De graça!
Desgraça.
Fumaça na cuca e sobre tampos de mármore.
Cadáveres presumidos na legislação de cachaça.
Carne e osso.
Escrituras de escárnio...
Vacas magras, José,
que o fumo é sempre nosso.
Putas abastadas, diletos senhores,
pois as esposas andam viúvas.
Sem nada a declarar.