Sem nome

Sem nome

Eu sou sem nome

E estou com fome

E a cede me consome

Eu viro latas

E entre as baratas

Minha vida trata

Traças, massas, vermes

Escorregam em minhas mãos

Por entre meus dedos

Escapam e vãos

Sou o resultado intimo da miséria

Sou a vergonha tácita, o descalabro

De uma sociedade falida

E quem se importa?

Se não as próprias baratas

Que lutam para não serem a comida!

E vida! E que vida?A minha?

Claro que não!!!

Eu só sou mais um

Que diminui o nível do lixão.

Ou almenta, depende de quem

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Talmeida 16 / 07 / 2007

Talmeida
Enviado por Talmeida em 16/07/2007
Código do texto: T567238
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