Violadas

Violadas

Invisíveis como cidadãs,

Exploradas como objeto sexual,

Apontadas como culpadas e vilãs,

Desumanizadas de forma fatal…

Mais um estupro coletivo,

Mais um crime encomendado...

Outro assassinato cometido

Por mais um companheiro enciumado…

Mais uma surra sem motivo,

Mais e mais violência doméstica...

Mais um abuso “consentido”,

Destruindo a dignidade que resta…

Mais um grito sufocado,

Mais uma dor velada...

Mais um sonho sepultado,

Mais uma alma dilacerada…

Outro corpo encontrado,

Tantos planos desfeitos…

Mais um sonho negado

Pelo desamor e o desrespeito.

Por todas as que sofrem em silêncio,

Por todas as que gritam de dor,

Por todas as que buscam o suave alento,

Por todas as que acreditam na paz e no amor,

Lutemos contra a violência!

Lutemos contra as desigualdades!

Abracemos as diferenças

Para contemplar nossa unidade.

Somos a maioria da população,

Somos as protagonistas sociais.

Temos uma chama no coração

Que não se apagará jamais.

Cidadãs, independentes, destemidas.

Mulheres, guerreiras, sacerdotisas.

Somos o que quisermos ser,

A vontade é nosso maior poder.

Que nada mais cale a nossa voz,

Que possamos nos ajudar mutuamente!

A mudança começa por nós,

Conduzida pelo coração e pela mente.

(MCSCP)

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 15/06/2016
Código do texto: T5668574
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