Intolerância
Meus sentidos estão entorpecidos,
Em versos tristes rimados.
Tiram a sensação,
De meus pés no chão.
Há tanto estardalhaço,
Segue mecânica a multidão.
Calaram-se as vozes,
Em meio aos algozes.
Restaram corpos em poços...
Somos todos humanos,
Não nos incluem nos planos.
Para quê a divisão?
Para sermos libertos...
Não existe raça, credo ou religião.
Os braços estão abertos,
Entregues a punição.
Culpados de crimes inexistentes,
Vivemos um mundo descrente.
Onde vale a lei do mais rico,
E sobreviveremos em subjugação.
De um ideal já caduco...
Gritar...
É o que devemos fazer.
Soltar...
O desejo que emana.
De uma nação mais humana,
Ter o direito ao lazer.