Às vésperas de 2012

Quem diria...

Que estamos às vésperas de 2012.

Muitas coisas não mudaram ainda,

É mais um ano que se finda.

A certeza que nos é dada na mesma dose,

Quem foi que disse que o futuro não existia?

Continua a violência,

Sem nada de timidez.

Com total abrangência,

E toda a sua avidez.

Continuam as guerras

Sem o tiro que erra.

Continuam a intolerância...

Convivemos com a mesma ânsia.

Continuam os preconceitos,

Levando consigo os falsos preceitos.

Dando margem à banalização,

O mundo em busca da civilização.

Por onde andará o amor?

E o progresso sem a dor?

Infelizmente cantamos os versos,

E nos deparamos com os regressos.

Caminhamos desde o início dos tempos,

Fugindo dos contratempos.

De cada vez a frente um passo,

Mais dois para trás... Assim o atraso.

Tentando chegar a lugar algum,

No meio da multidão apenas mais um.

Olhamos ao nosso redor,

Enxergando o nosso próprio umbigo,

Quem foi que disse que sairemos do castigo?

Deixa pra lá... Seja quem for...

Mergulhados na falsa modéstia,

Afogados na hipocrisia.

Que nos envolve e asfixia,

Sobreviveremos a esta moléstia?

Preciso respirar...

Sair deste lugar...

Encontrar um novo ar...

Só eu sei como necessito...

Vivendo assim não existo!

É só você quem pode me salvar,

Levar daqui a minha alma.

Sugue meu sangue... E me acalma,

Faça o corpo cansado repousar.

***

Nota mental: Este texto escrito em 2.011 continua tão atual!

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 31/05/2016
Código do texto: T5652578
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