PALMEIRAS VERDES AO VENTO
Na ponta da ribanceira levanta a poeira
o caçula alegre pula no rio
mergulhando na água cristalina
voa passarinho no vai e vem do ninho
enquanto a mãe lava a roupa
para ganhar seus vinténs
para criar doze filhas e um menino
mulher de fibra finge sentir desdéns
no latifúndio da vida
o pai na enxada cumpre sua obrigação
no rosto desce o suor de chuvas
para colher arroz e feijão
mas a fé do nordestino/sertanejo
vem desde a escolha do nome
iguais as palmeiras verdes nas tempestades
envergam, mas jamais quebram.