PALMEIRAS VERDES AO VENTO

Na ponta da ribanceira levanta a poeira

o caçula alegre pula no rio

mergulhando na água cristalina

voa passarinho no vai e vem do ninho

enquanto a mãe lava a roupa

para ganhar seus vinténs

para criar doze filhas e um menino

mulher de fibra finge sentir desdéns

no latifúndio da vida

o pai na enxada cumpre sua obrigação

no rosto desce o suor de chuvas

para colher arroz e feijão

mas a fé do nordestino/sertanejo

vem desde a escolha do nome

iguais as palmeiras verdes nas tempestades

envergam, mas jamais quebram.

Rita Macedo
Enviado por Rita Macedo em 12/05/2016
Reeditado em 12/05/2016
Código do texto: T5633882
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