MÃES DE VIDRO

Elas são mulheres que geraram filhos.

Colocaram no mundo quem rejeitaram.

Recusaram ser mães de um novo filho.

Algumas o rejeitaram pois foram estupradas.

Não digo que estas são erradas em seus atos.

Elas sofreram na própria pele o ato insano

de um idiota que não deveria na vida existir.

A maioria das mães amam seus lindos filhos.

Deles elas veem também os netos.

Essas mães tem um prêmio maior.

Tudo o que as enfeita é o sentimento de amor.

São durante toda suas vidas cheirosas como a flor.

Mães zelosas que sempre suportaram dor.

Nelas não existe na vida nenhum rancor.

As mães de quem quero falar renegaram seus filhos.

Sentem-se perdidas num mundo de sombras e sofredor.

Essas sim, são sempre mães de vidro.

Quebram fácil ao gerar um ser.

Não suportam a realidade de serem mães.

Para elas é um desastre isso acontecer.

Como mães de vidro jogaram no lixo seus bebes.

Elas não querem amar com retidão.

O que foi que na vida as quebrou?

Uma desilusão, um só momento sem prazer.

Agora geram em seus corpos um novo ser.

Esse filho jamais elas querem ver nascer.

Por isso serão sempre mães de vidro até na hora de morrer.

Quebradas por toda a vida sem nenhum amor.

Fiquei repentinamente triste a perceber essas mães de vidro.

Tais mulheres mesmo sendo no mundo sofredoras e desiludidas,

trazem as marcas profundas de todas as suas sinas.

Mães de vidro!

Chorei por vocês em meus versos.

Simplesmente sinto pena de cada uma de vocês.

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(Inspirado num noticiário que vi na rede globo de televisão>)

(jacques calabia, jclisboa)

03 de Dezembro de 2008 às 11:29'

Belo Horizonte

Minas Gerais.

Jacques Calabia Lisbôa

Enviado por Jacques Calabia Lisbôa em 03/12/2008

Reeditado em 03/12/2008

Código do texto: T1316538

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